Deixou a barba crescer, depois o cabelo, depois a...
“sozinhez”.
E seguiu, sozinho, sem gato, sem lua.
Viu, do outro lado da calçada, um outro gato.
Um gato preto.
Virou à direita para não ter mais azar e...
...continuou sem lua, nada calado, pelas madrugadas.
Como andas? - Olhos ainda baixos.
E um sorrisinho sem-vergonha, de quem se atrapalha na novela,
reza um padre-nosso tomando cachaça e chupando boceta.
Ave! Mas aquilo era bom...
Ia derramando suas ânsias por todos meus furos,
recitando sua poesia barata, sua poesia de graça,
me deixando sem graça num canto de quarto de motel vagabundo.
Que nem você: poesia de puta!
que, na verdade, era a noite que te fazia,
e era a noite que me fodia, me botando de quatro,
como se eu nem estivesse ali, no quarto, saia levantada até o pescoço.
Continuou sem lua porque quis... isso sim é bem verdade...
Revirou as latas de lixo de cada um dos corpos baldios
das mocinhas singelas que atravessavam a rua do outro lado.
E...
“sozinhez”.
E seguiu, sozinho, sem gato, sem lua.
Viu, do outro lado da calçada, um outro gato.
Um gato preto.
Virou à direita para não ter mais azar e...
...continuou sem lua, nada calado, pelas madrugadas.
Como andas? - Olhos ainda baixos.
E um sorrisinho sem-vergonha, de quem se atrapalha na novela,
reza um padre-nosso tomando cachaça e chupando boceta.
Ave! Mas aquilo era bom...
Ia derramando suas ânsias por todos meus furos,
recitando sua poesia barata, sua poesia de graça,
me deixando sem graça num canto de quarto de motel vagabundo.
Que nem você: poesia de puta!
que, na verdade, era a noite que te fazia,
e era a noite que me fodia, me botando de quatro,
como se eu nem estivesse ali, no quarto, saia levantada até o pescoço.
Continuou sem lua porque quis... isso sim é bem verdade...
Revirou as latas de lixo de cada um dos corpos baldios
das mocinhas singelas que atravessavam a rua do outro lado.
E...
não, não, toma mais um gole de vinho, vai...
Vira pro lado, abre outro livro. Anda logo,
abre outras pernas! Abre outras pernas!
(Eu queria muito ter um pau).
Do mesmo lado da calçada da rua de baixo dos seus sonhos, tropeçou no infinito anteontem, pra ver se mais se projetava.
Mas... eu só quero mesmo te cutucar e te chamar de colega.
Tomar uma cerveja na tua mesa vez ou outra,
(até parece...)
E ouvir com cara deslumbrada, você gozar meia dúzia de palavras,
Como se nelas estivessem contidas todas as verdades do mundo.
(até parece...)
Chegar em casa, lembrar da tua cara e rir de:
desdém, gozo, afeto, escárnio, ódio, saudade.
Tesão.
Filho duma puta, que ainda me zomba,
que eu não agüento mais me fazer de burra pra você parecer inteligente!
Vem aqui logo e me fode de uma vez!
Vira pro lado, abre outro livro. Anda logo,
abre outras pernas! Abre outras pernas!
(Eu queria muito ter um pau).
Do mesmo lado da calçada da rua de baixo dos seus sonhos, tropeçou no infinito anteontem, pra ver se mais se projetava.
Mas... eu só quero mesmo te cutucar e te chamar de colega.
Tomar uma cerveja na tua mesa vez ou outra,
(até parece...)
E ouvir com cara deslumbrada, você gozar meia dúzia de palavras,
Como se nelas estivessem contidas todas as verdades do mundo.
(até parece...)
Chegar em casa, lembrar da tua cara e rir de:
desdém, gozo, afeto, escárnio, ódio, saudade.
Tesão.
Filho duma puta, que ainda me zomba,
que eu não agüento mais me fazer de burra pra você parecer inteligente!
Vem aqui logo e me fode de uma vez!
mais uma vez, vai!
vai!
Depois pode voltar a sair por aí procurando brinquedinhos novos...
Quanto mais eu bato palmas, mais mastigo vidro,
mais a carne pede, mais eu peço teu abrigo, mas eu quero que você me queime.
(me queima!).
Mari Brasil
2 comentários:
caralho!
hummmm... "caralho!" pode significar tantas coisas... seja mais específico (a)!
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