quinta-feira, 29 de abril de 2010

saudade

Eu não sei se é disso que são feitas as ilusões. Ou se essa falta é de possuir. Mas ela vem.

E essa posse não tem mais olhos, não tem mais corpo, nem cheiro, nem cabelos. É de uma sensação que estranho, que deveria existir ainda, mas, só vem nos sonhos.

Bem me dizem os próximos que eu vivo de lembrar o que foi. Ou, mais certo, o que não foi. E crio essas coisas que formam as ilusões. E vivo uma vida paralela, à noite, antes de dormir.

É uma hora que dedico a esse nada. É uma hora que vale todo o meu dia, em que a sensação existe ainda, no meu abraço.

E eu não abraço nada! Mas, está lá. E eu sinto forte. E pulsa.

É um lago. É uma lua muito cheia. É embriaguez. E é vermelho e é branco. E é amor.

Mas não é.