Sentindo como que um abandono, que nem quando criança despreza brinquedo velho.
Vou ter com as praças, as estradas e os cachorros do bairro que todos me respondem, latindo em coro, pra que eu me vá embora dali.
E pensa que meia-dúzia de pãezinhos curam abandono, que nada.
Nem amor de cachorro, não cura.
Nem porre de chá de fita-cassete.
Talvez tenha derramado um tanto aqui dentro.
Que tem uma sede que não passa, mesmo quatro copos d’água.
Que deixa a testa franzida e tudo mais que dá conta da rigidez.
Corpo mal-acostumado é que dá nisso.
É vício,
é vício!
Mari Brasil
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