sábado, 17 de maio de 2008

Sofrendo de maus costumes, saudades que estralam no céu da boca
Sentindo como que um abandono, que nem quando criança despreza brinquedo velho.
Vou ter com as praças, as estradas e os cachorros do bairro que todos me respondem, latindo em coro, pra que eu me vá embora dali.
E pensa que meia-dúzia de pãezinhos curam abandono, que nada.
Nem amor de cachorro, não cura.
Nem porre de chá de fita-cassete.
Talvez tenha derramado um tanto aqui dentro.
Que tem uma sede que não passa, mesmo quatro copos d’água.
Que deixa a testa franzida e tudo mais que dá conta da rigidez.
Corpo mal-acostumado é que dá nisso.
É vício,
é vício!


Mari Brasil

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