Eu nunca sei o que dar a ela neste dia...
É um tal de já possuir tudo que lhe cabe,
No suor do seu trabalho,
Escorrendo pelo rosto,
Tanto esforço, tanta força
Que ali não cabe nada,
Nada, nada que eu alcance
Parece lhe fazer falta.
Rosto rígido e um orgulho,
Desses de bater no peito e
Rejeitar o que é pouco que lhe dão,
Rejeitar o que é muito que oferecem,
E se dar por satisfeita o fato
de se bastar por si mesma
Mesmo na mentira deslavada de
não precisar...
Precisa tudo, esta menina:
Olhos nos olhos sem palavras.
Um abraço enquanto dorme.
Quem lhe ouça quando diz.
Quem enxergue, pequenina ali,
no meio de tanta dureza,
tanta destreza, até grosseria
e uma falsa autonomia.
Quem lhe reconheça, necessitada,
por trás de tantas máscaras:
uma menininha perdida...
que nunca se sentiu o suficiente amada.
E por isso mesmo, hoje, proclama:
Não preciso de ninguém ou nada.
Mas os braços se tornam curtos,
ao tentar abraçar a si mesma.
As desculpas para que lhe cuidem não enganam ninguém.
A única doença é um medo...
De pedir ao outro um cuidado...
E que este lhe seja negado.
Como sempre foi.
Eu nunca sei o que dar a ela neste dia.
Ofereço meia-dúzia de palavras,
um pedido, uma ordem:
abaixe a guarda.
E chame, quando precisar.
Se aos outros aparenta ser completa,
eles nunca se sentirão no direito de oferecer
o tão pouco que têm...
É um tal de já possuir tudo que lhe cabe,
No suor do seu trabalho,
Escorrendo pelo rosto,
Tanto esforço, tanta força
Que ali não cabe nada,
Nada, nada que eu alcance
Parece lhe fazer falta.
Rosto rígido e um orgulho,
Desses de bater no peito e
Rejeitar o que é pouco que lhe dão,
Rejeitar o que é muito que oferecem,
E se dar por satisfeita o fato
de se bastar por si mesma
Mesmo na mentira deslavada de
não precisar...
Precisa tudo, esta menina:
Olhos nos olhos sem palavras.
Um abraço enquanto dorme.
Quem lhe ouça quando diz.
Quem enxergue, pequenina ali,
no meio de tanta dureza,
tanta destreza, até grosseria
e uma falsa autonomia.
Quem lhe reconheça, necessitada,
por trás de tantas máscaras:
uma menininha perdida...
que nunca se sentiu o suficiente amada.
E por isso mesmo, hoje, proclama:
Não preciso de ninguém ou nada.
Mas os braços se tornam curtos,
ao tentar abraçar a si mesma.
As desculpas para que lhe cuidem não enganam ninguém.
A única doença é um medo...
De pedir ao outro um cuidado...
E que este lhe seja negado.
Como sempre foi.
Eu nunca sei o que dar a ela neste dia.
Ofereço meia-dúzia de palavras,
um pedido, uma ordem:
abaixe a guarda.
E chame, quando precisar.
Se aos outros aparenta ser completa,
eles nunca se sentirão no direito de oferecer
o tão pouco que têm...
Talvez o pouco que te falta.
Mari Brasil
2 comentários:
eu nem sei o que te dizer com esse seu poema meu....um dos mais lindos que vc já fez eu achei....caralho de asas ainda huahuahua
APLAUSOS!
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