segunda-feira, 28 de abril de 2008

Desejo



Do osso, a pele grudada.
Da confusão, que se decida!
Quando a noite pergunta, peço-lhe o sol.
Da insegurança, quero que não me faça perguntas.
Da insegurança, que confie em mim.

Da tristeza, preciso do sorriso.
E, quando acordo, o sonho.
No meio do deserto, meu desejo é seu oásis.
Na falácia, busco as verdades,
como se houvesse, nas entrelinhas...

Da mudez, quero as palavras,
poesia e melodia.
Da apatia, desejo o ímpeto.
Quando sente medo, quero a coragem.
Da ocupação, os seus horários...

Olha para mim sem enxergar nada,
ouça minha voz e não me escute,
atropele os meus caminhos,
pois, quando amo,
desejo nada menos que o seu impossível.
Mari Brasil

Nenhum comentário: