UM ano.
E todos os demais.
E como te negar, após um ano?
É como negar algo de mim.
E como continuar, após um ano...
Como desmentir, ao acordar, o seu sorriso.
Como existir sem ele?
Um pão, para cada manhã. Um suspiro, para cada manhã, sem...
E um telefonema, que enche meu peito, sem sinais de comedidade.
E eu já não caibo em mim. Nem em você.
Eu apenas me encaixo.
A gente se encaixa.
Você, minha caixa?
Eu sei, eu sei que é ilusão.
Mas ilusão daquelas gostosas, que eu quero viver ali dentro.
Você, aqui dentro.
Você já está aqui dentro.
Eu sinto seu respirar.
Sinto seu sono leve. E essa vida de susto, que você vai levando, eu achando graça.
Eu sinto uma falta de você aqui perto.
Eu queria você, perto, sempre
E se a graça acabasse, iria acabar com meu riso estampado, de ter apreciado seu corpo, justaposto ao meu, por mais horas do que eu possa sonhar por noite.
Isso já nem é poema. Eu declaro.
Eu declaro que amor, a gente não entende, só se atrapalha, empata o nascer e sofre o morrer.
Eu vou te dar um ultimato. Você se prepare...
Que é dormir ao meu lado, uma vez por semana, no mínimo.
Que eu quero te fazer um café da manhã e saber se já tirou todas as músicas.
Senão, eu vou te negar.
E você vai pra outro lugar do meu existir.
Cara, eu queria ver sair de mim um filho teu. Esperando que ele tenha a sua cara.
Eu sei que isso é coisa mais dos trinta que chegam do que eu te amo...
Mas não se engane. Eu te amo.
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