Um ar inapropriado para um primeiro olhar.
Inadequado...
e, por tanto, curiosidade que apenas aflora em movimento.
Nada pensado:
sem obviedades quando caminho em sua direção.
Alguma coisa aquecida aqui dentro pelos nossos silêncios.
Alguma coisa aquecida aqui dentro pelos nossos silêncios.
Então lhe digo:
- Aqui moram vontades e verdades, como palavras que já foram e não podem mais entender o dia. Ou extender o dia.
Desembaraço esboços de danças e chuva e...
uma satisfação de se acreditar em alguém que me partilhe os segredos do mundo.
Seus gestos me transformam as ilusões.
Ilusões, ainda que novas as formas, adocicadas.
Torço meus lábios e deixo a timidez passar.
Colo em seu rosto um segundo de beijo!
Uma música suspensa... no momento em que caem as distâncias de medo e sinto o peso da sua mão em meus cabelos.
Entre os quadros do quarto, um grande espelho.
Olho pela, a janela. E me volto:
respiro seu corpo no meu e apaixono: contorno dos teus ombros.
À meia-luz, uma curva castanha desce pela nuca e corre para a madrugada.
Em seu encalço, meu olhar para o seu,
entre o nosso,
para o nada.
Mari Brasil
2 comentários:
hum...
já te falei que sua escrita é de uma sensualidade invejável?
Esse alcançou o cume...
muito belo como sempre!
bjs
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