Tem um complexo do avesso que me segue enquanto vou à padaria. Na verdade, me segue o tempo todo, com fosse uma sombra do que eu sou de verdade, ou do que nunca seria, mesmo quando não me vêem sendo.
Quando eu compro limões, ele diz baixinho que leve o maracujá doce, para compensar tanto azedo. Mas, eu sou teimosa e, na teimosia, desafio o avesso e, me torno, então o complexo do avesso: levo jiló.
Quando caminho no sol escaldante desse deserto aonde vim existir por esses dias, eu olho para trás, de repente, de desconfiar o avesso tramando. Acho que a voz que pára é o complexo, que inventa para mim o avesso, que, afinal não existe.
Quando eu compro limões, ele diz baixinho que leve o maracujá doce, para compensar tanto azedo. Mas, eu sou teimosa e, na teimosia, desafio o avesso e, me torno, então o complexo do avesso: levo jiló.
Quando caminho no sol escaldante desse deserto aonde vim existir por esses dias, eu olho para trás, de repente, de desconfiar o avesso tramando. Acho que a voz que pára é o complexo, que inventa para mim o avesso, que, afinal não existe.
É esse desejo se ser complexo, avesso, e, ainda assim existir com mais seis bilhões e caber neles, direitinho, exatamente pelo complexo... que segue todo mundo no caminho da padaria.
Mari Brasil
2 comentários:
Cara... de onde a gente tira essas vozes que ficam perseguindo a gente na rua?
Mas por um lado é bom que esse avesso te provoque e você consiga chamá-lo pra peleja... acho que nós, seus leitores, só temos a ganhar com essa sua coragem de encarar, desafiar, absorver os limites, coisa que sinto muito nos seus poemas...
Bjssssss
huauhuhauha! eu acho q é um nível mais baixo de esquizofrenia na verdade!!!! kkkkkk!!!
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