Saio da chuva para o seco...
Molho de palavras a toalha,
transbordo as paredes da sala,
afogo a inquietude e acendo a lareira dos pulmões.
Esbravejo que o andar não há tempo,
que a magreza me devora! Me devora!
Sento.
Coloca os olhos na parede
e tudo soa como mar: vai e volta.
Coloco os olhos na parede,
E eis que a água salgada me evade:
Três gotas num travesseiro de penas,
Rejeição em conta-gotas,
Do seco da garganta ao nó.
Não há nada que se interponha ao intervalo entrevado
da boca vazia.
do estômago, colado,
dolorido de ácido.
Não é sede,
É fome. Não é fome, é...
Simplesmente, não é.
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2 comentários:
ei ia usar a palavra caralhoooo
mas ela já está desgastada nas nossas bocas, então vou usar outra...
PUTA KILL PARIU
Vamos desgastar então esses palvrões benéficos e de elogio...
CARALHO!
PUTA QUE PARIU!
Lembrei mesmo da Maria lendo esse texto. A fome sempre me pareceu uma das temáticas prediletas dela, ainda mais agora...
Grande Beijo moça!
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