Sou quase-memória,
Do que a carne se desfaz em prantos,
Daquilo que carregamos em caixas,
Do que ascende à superfície
E fica marcado no olho.
Sou a deixa, sou a oportunidade,
Do que se larga na casa velha,
Daquele salto mortal de 3 centímetros,
Do vago do dia que não chega
E é toda sua vida.
Sou palavra destacada,
Do que escreveram todos os poetas,
Naquele corpo vadio de quinta passada,
Do instante pleno e rasgado que sangra
E te escurece de pena e ilusão.
Sou confusa, estou errada!
Do que se constituem certezas,
Daquela porca moral de ser humana,
Do ócio do deleite da noite,
Da figura do trabalhador da madrugada...
Não sou nada.
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