domingo, 3 de agosto de 2008

Por que escritoras fumam tanto, bebem e trepam com um monte de imbecis?

Porque... porque... ai de nós.
Mas, não.
Não tou de piedade não: é medo.

Atrás de um...
nó certo para amarrar as palavras.

Sem crer que seja só isso aí mesmo: álcool, cigarros
e encontro de corpos ferinos

Um medo de que se sinta apenas no papel...
Ou que nele nada brote porque percebemos,

aos poucos,
que nada há, além de distrações para que o tempo longo da madrugada passe sem machucar demais.

Ao lado de cada vôo, para que doa,
Acima de tudo, para que doa!
Não por liberdade, que isso é enganação.
é pra se acorrentar, pra meter grades!

Se desatamos a compreender o tudo, resta o vazio, a vontade despedaça, e nada mais sangra que faça sentido.
É para sangrar.

Calar a necessidade de solidão,
fingir satisfação quando a porra jorra na cara.

De tempos em tempos, só para irritar...
Que de nada vale, sem que eu interfira no que vive.

É deixar a carne marcada do que sentem as palavras quando justapostas.

Na verdade...
é porque é tudo uma merda mesmo.
Mari Brasil

Nenhum comentário: