segunda-feira, 7 de julho de 2008

Atenta pro alívio que atrapalha
no coração de cada resgate, aventura de cada mudo:
“Sinto a palavra ecoando no livro do instante”.

“Calma que a parada demora a acontecer”, dizia ele.
“Calma, que se-pare quando não mais se demorar”.

Eu merecia não mais do que um olhar de comiseração,
um jovem aceno de canto de olho, um alisar os cabelos...
Corria suave o peito aberto às lembranças:
...se eu começasse, acabaria adotando uma puta!

Abri o riso: decretei minhas férias.
Ladeira acima, como se nada pudesse despontar meu adeus e
fiquei,
sentada,

lambi as gotas de chuva da cara,
como se fosse porra, jorrando do céu...
Sentei no chão, beijo no asfalto e qualquer coisa.

Nada sozinho no lugar, nem mesmo ele, nem mesmo eu.
E aquele cheiro,
que emite a solidão pra fora.
Magia mesmo, das fortes.

Ele apertou a barriga na minha, como não me deixasse ir. Nunca!
Deu um terror e uma paixão de vez. Na hora.

Corri pra muito longe daquele altar,
que não há divindade que alivie mais,

do que eu.

2 comentários:

Anônimo disse...

poesia


poesia


isso que é!

Maria Cláudia S. Lopes disse...

só uma palavra
caralhooooooooooooooooooo