terça-feira, 19 de abril de 2016

Até amanhã

Até amanhã é muito tempo, é muita falta de chão e tropeços,
dos meus olhos abrindo de manhã na sua falta de presença.
Amanhã é muito tempo pro pouco tempo da vida, que, brincalhona,
Me jogou nos seus braços só agora, nos confins de sermos dois.
Amanhã é muito tempo pras nossas bocas se encontrarem, famintas.
É muito tempo sem sua risada e sua música, sem você, sendo você, perto.
Amanhã está longe, tão longe, que parece mentira e bate um medo,
De que até amanhã o mundo acabe e, nesse fim do mundo, eu termine,
Sem estar ao seu lado.
Amanhã, por fim, não faz sentido.

Estou indo hoje.
em pensamento, já estou aí, nos seus braços.

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