Até amanhã é muito tempo, é muita falta de
chão e tropeços,
dos meus olhos abrindo de manhã na sua
falta de presença.
Amanhã é muito tempo pro pouco tempo da
vida, que, brincalhona,
Me jogou nos seus braços só agora, nos
confins de sermos dois.
Amanhã é muito tempo pras nossas bocas se
encontrarem, famintas.
É muito tempo sem sua risada e sua música,
sem você, sendo você, perto.
Amanhã está longe, tão longe, que parece
mentira e bate um medo,
De que até amanhã o mundo acabe e, nesse
fim do mundo, eu termine,
Sem estar ao seu lado.
Amanhã, por fim, não faz sentido.
Estou indo hoje.
em pensamento, já estou aí, nos seus braços.
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