Mergulhada num longo silêncio...
os dedos desacostumaram às palavras.
Um vazio de faz de conta,
Boiando no mar das sentenças.
Deixei as conjunções suspensas.
Cortei as unhas, li Garcia Márquez e... nada.
As letras passam aos cardumes
Todas embaralhadas, naquele momento.
Não choro um rio faz tempo.
Toda endurecida aqui no peito.
A testa, franzida... medo?
Medo, rancor, e uma brabeza!
Um disfarce, talvez, para a tristeza.
Estico o braço, me desembaraço e alcanço!
Do meio do cardume, uma letra.
Abro a mão direita com cuidado...
Abro os olhos meio de lado...
Como num sonho distante, reconheço:
Na palma da mão, a letra “A”.
os dedos desacostumaram às palavras.
Um vazio de faz de conta,
Boiando no mar das sentenças.
Deixei as conjunções suspensas.
Cortei as unhas, li Garcia Márquez e... nada.
As letras passam aos cardumes
Todas embaralhadas, naquele momento.
Não choro um rio faz tempo.
Toda endurecida aqui no peito.
A testa, franzida... medo?
Medo, rancor, e uma brabeza!
Um disfarce, talvez, para a tristeza.
Estico o braço, me desembaraço e alcanço!
Do meio do cardume, uma letra.
Abro a mão direita com cuidado...
Abro os olhos meio de lado...
Como num sonho distante, reconheço:
Na palma da mão, a letra “A”.
E com ela, um recomeço.
2 comentários:
MEU...que coisa mais linda...deliciosa....nem consigo descrever...vc criou imagens muito bonitas...lindo mesmo...sniff...gosto de lágrima na boca.
Sim... lindo mesmo... impossível ficar indiferente à imagem dos peixes passando em cardumes. Termino com a saudade de quando chorei um rio (apesar de ter sido choro com dor).
Que bom que está pescando letras e as colocando aqui novamente!!!
Bjs
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