Dentro
nos engolimos
nossas bocas
e línguas
dentes
nos ombros
corpos tão úmidos
sem saber
se saliva suor ou gozo
ou onde cada um termina
onde termina o quarto
termina a vida
Quente
tantos cabelos
cedidos
aos desejos
sujos, doídos
vício de nós mesmos
dedilhando
as pernas e os vazios
montando
desmontando
um do outro
um ao outro.
Molhado
me explode
me chora
me vive